sexta-feira, 29 de maio de 2009

ESPORTE INFANTIL

É impossível prever com absoluta precisão o futuro esportivo de uma criança, mas profissionais (bem preparados) da área esportiva podem identificar o conjunto de aptidões de uma criança e,pelo menos, orientar para um caminho.
É preciso esclarecer que, em qualquer modalidade esportiva, deve-se priorizar o desenvolvimento integral da criança (motor, cognitivo, motivacional, emocional e social) e não objetivar unilateralmente o desenvolvimento do rendimento esportivo e a otimização da performance (pressão de expectativas). Deve haver também um equilíbrio entre a formação profissional, escolar, esportiva e atividades de tempo livre. A criança deve ser EDUCADA no esporte quanto ao desenvolvimento de autonomia e auto-responsabilidade. É útil estimulá-las a reflexões sobre o prazer no movimento, sobre as experiências motoras variadas e sobre relações emocionais positivas com os colegas e com os profissionais envolvidos. Todos (pais, atletas e profissionais) devem buscar estabelecer uma comunicação efetiva, ou seja, saber falar e escutar.
Algumas pesquisas nos permitem refletir sobre as motivações para a prática esportiva. Entre os principais fatores identificados estão sempre: diversão, excitação da competição (ação, experiências novas e interessantes), “ficar em forma”, afiliação (fazer novos amigos, pertencer a um grupo), aprender habilidades (ser bom em alguma coisa), status e sucesso (tornar-se importante, ganhar reconhecimento), etc.
Concluindo, tanto no esporte competitivo quanto no não-competitivo, o que deve ser priorizado é a participação, a oportunidade de jogar, o desejo de jogar bem, a diversão, fazer o melhor que se pode. Visando o bem-estar de todos, preocupando-se com os movimentos de uma educação de longo prazo e também com a saúde.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

A aprendizagem e o desenvolvimento estão inter-relacionados desde que a criança passa a ter contato com o mundo. Na interação com o meio social e físico a criança passa a se desenvolver de forma mais abrangente e eficiente. Isso significa que a partir do envolvimento com seu meio social são desencadeados diversos processos internos de desenvolvimento que permitirão um novo patamar de desenvolvimento.
A criança, por meio da observação, imitação e experimentação das instruções recebidas de pessoas mais experientes, vivencia diversas experiências físicas e culturais, construindo, dessa forma, um conhecimento a respeito do mundo que a cerca.
Luis Guilherme MartinsNúcleo de Fotografia UCB Captura
Para que esses conceitos sejam desenvolvidos e incutidos no aprendiz, o meio ambiente tem que ser desafiador, exigente, para poder sempre estimular o intelecto e a ação motora desta pessoa. No entanto, não basta apenas oferecer estímulos para que a criança se desenvolva normalmente, a eficácia da estimulação depende também do contexto afetivo em que esse estímulo se insere, essa ação está diretamente ligada ao relacionamento entre o estimulador e a criança. Portanto, o papel da escola no âmbito educacional deve ser o de sistematizar esses estímulos, envolvendo-os em um clima afetivo que serve para transmitir valores, atitudes e conhecimentos que visam o desenvolvimento integral do ser humano.
O profissional de educação física ao trabalhar na educação infantil deve conhecer os estágios do desenvolvimento dessa fase, para proporcionar os estímulos adequados a cada etapa. Agindo dessa forma, o desenvolvimento será mais harmônico no campo motor, cognitivo e afetivo-social, trabalhando assim, o ser na sua forma integral.
A evolução infantil obedece a uma seqüência motora, cognitiva, e afetiva-social que ocorrerá de forma mais lenta ou mais acelerada, de acordo com os estímulos recebidos. A criança entre de 1 ano e meio e os dois anos de idade age sem refletir. O ato precede o pensamento. A partir dessa fase, a criança já adquire duas funções importantíssimas: o andar e a linguagem. O pensamento passa a ser projetado no exterior pelos movimentos e pela linguagem. Isto permitirá uma maior participação na sua relação com o meio. A ação da criança sobre o meio estimulará sua atividade mental. A partir daí, a criança começa a ter maior consciência sobre sua própria pessoa, iniciando a formação da sua auto-imagem. Em seguida, a criança vai iniciando a sua vida social ao formar pequenos grupos, porém ocorre uma troca constante de amizades e de grupos (escola, clubes,etc.). Esse intercâmbio social é essencial, pois leva a criança a se adaptar a diferentes papéis, reconhecendo-se como pessoa.
Nesse sentido, cada fase de desenvolvimento infantil tem suas próprias características, portanto, exige estudos aprofundados sobre os métodos pedagógicos, as qualidades dos estímulos fornecidos e a atuação intencional do profissional na aula de educação física. O professor deve levar em conta a peculiaridade de cada fase pela qual o aluno passa, as particularidades de cada jogo, brincadeira ou esporte que possam auxiliar o educando no seu desenvolvimento integral.
Pela importância que a infância representa na formação da personalidade do indivíduo, esses estudos devem estar respaldados por uma “práxis” pedagógica que leve a uma organização didática, modificando a visão de aulas de educação física de embasamentos estritamente empíricos, para uma visão mais científica, evitando-se um choque entre teoria e prática o que poderá refletir negativamente na formação de nossos jovens.