sexta-feira, 3 de julho de 2009

As atividades de educação física tem como aspectos:
• Valorizem a ação da criança, onde a preocupação do professor se volte para a exploração,
• A descoberta e a combinação de movimentos, e não meramente apenas ao erro e ao acerto.
• - Incluam e não selecionem os alunos, favorecendo o desenvolvimento das capacidades e habilidades de todos, considerando para tanto os diferentes graus de interesse e conhecimento.
• - Evitem situações de competição direta e excessiva entre as crianças.
• - Estimulem situações de aprendizagens coletivas.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Esporte: Ferramenta de Inclusão

Se para você, Esporte é apenas competição, saiba que ele vai muito além das disputas dentro dos estádios e ginásios. Cada vez mais cresce a importância do Esporte como ferramenta de inclusão social. Mostra disso é que 2005 foi escolhido pela ONU (Organização das Nações Unidas) como o "Ano do Esporte para a Paz e o Desenvolvimento". Esse movimento também chegou às instituições de Ensino Superior, que têm investido em projetos sociais dessa natureza. "Muitos países enfrentam marginalização do sistema de educação. A ONU observou que o esporte, mesmo que tenha como princípio o desenvolvimento físico e da saúde, serve também para a aquisição de valores necessários para coesão social e mundial", acrescenta o coordenador do projeto Mini-Tênis da URI-SAN (Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões), José Luiz Dalla Costa. "O esporte é uma ferramenta que, aliado à educação, serviria realmente como ferramenta de inclusão" Esses projetos nascem, em geral, dentro dos departamentos de Esportes, ou Educação Física, como uma oportunidade para que os alunos coloquem em prática o que aprendem na sala de aula, ao mesmo tempo em que praticam uma ação social. "A universidade tem um retorno muito positivo, pois os graduandos aprendem na prática. Na sala de aula eles vêem a teoria, e nos nossos projetos, convivem com a aplicação rotineira. Estendemos à comunidade o projeto e essa presença nos dá resultado", explica a coordenadora do curso de Educação Física da Unopar (Universidade do norte do Paraná), Márcia Regina Aversani Lourenço. As experiências com projetos sociais ligados ao Esporte mostram que a atividade física, em especial no que diz respeito aos mais jovens, tem um fator motivador extremamente positivo. Assim, se bem trabalhado, o projeto extrapola - e muito - a esfera da competição esportiva. Os efeitos são sentidos no dia-a-dia, com crianças e adolescentes mais concentradas nas aulas, disciplinadas e, principalmente, fora das ruas. Em muitos casos, inclusive, os projetos não se restringem apenas ao treinamento esportivo. Criado em 2001, o Projeto Cestinha, ligado à Unisc (Universidade de Santa Cruz do Sul), atende a mais de 300 crianças. Além de aprender os segredos do Basquete, as crianças têm aulas de informática e inglês, além de um trabalho especial de orientação que é feito junto aos pais. "O Esporte é importante porque dá oportunidade a um maior número de crianças. Se você deixar o menor apenas jogando, sem acrescer alguma filosofia, não adianta nada", diz o coordenador da iniciativa, Gilmar Weiss. "É preciso agregar valores, não apenas tratar de habilidades e capacidades cognitivas." Projetos dessa natureza em universidade atendem a crianças, adolescentes, jovens e até mesmo idosos. É importante lembrar que o conceito de "inclusão social" não diz respeito apenas à questão financeira, mas de trazer para a comunidade pessoas que estão à margem da sociedade, seja na questão de estudos, no relacionamento interpessoal, no acesso ao sistema de saúde ou mesmo excluídas da prática esportiva. Essa inclusão ampla é o que busca, por exemplo, o projeto "Arte e Vida em Movimento com o Karatê", sustentado pela Unopar e que atende a portadores de Síndrome de Down. Periodicamente, professores e alunos da instituição vão à escolas para crianças excepcionais, onde ensinam a prática do Karatê. "Neste projeto, o profissional vai à escola, levando possibilidades de cultura diferenciadas. Nesse exercício, entram elementos como concentração, análise do movimento que está sendo executado, trabalho em parceria com o colega", afirma Márcia, da Unopar. Para quem está interessado, vale procurar em sua universidade se existe alguma iniciativa. Os projetos atuais, porém, são um tanto pontuais. "Ainda são ações isoladas, que dependem da boa vontade das pessoas. Precisamos de apoio dos governos, em todos os níveis, com incentivo para essas políticas para que tenhamos resultados de futuro para essas crianças e adolescentes dentro da escola", finaliza Dalla Costa.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

ESPORTE INFANTIL

É impossível prever com absoluta precisão o futuro esportivo de uma criança, mas profissionais (bem preparados) da área esportiva podem identificar o conjunto de aptidões de uma criança e,pelo menos, orientar para um caminho.
É preciso esclarecer que, em qualquer modalidade esportiva, deve-se priorizar o desenvolvimento integral da criança (motor, cognitivo, motivacional, emocional e social) e não objetivar unilateralmente o desenvolvimento do rendimento esportivo e a otimização da performance (pressão de expectativas). Deve haver também um equilíbrio entre a formação profissional, escolar, esportiva e atividades de tempo livre. A criança deve ser EDUCADA no esporte quanto ao desenvolvimento de autonomia e auto-responsabilidade. É útil estimulá-las a reflexões sobre o prazer no movimento, sobre as experiências motoras variadas e sobre relações emocionais positivas com os colegas e com os profissionais envolvidos. Todos (pais, atletas e profissionais) devem buscar estabelecer uma comunicação efetiva, ou seja, saber falar e escutar.
Algumas pesquisas nos permitem refletir sobre as motivações para a prática esportiva. Entre os principais fatores identificados estão sempre: diversão, excitação da competição (ação, experiências novas e interessantes), “ficar em forma”, afiliação (fazer novos amigos, pertencer a um grupo), aprender habilidades (ser bom em alguma coisa), status e sucesso (tornar-se importante, ganhar reconhecimento), etc.
Concluindo, tanto no esporte competitivo quanto no não-competitivo, o que deve ser priorizado é a participação, a oportunidade de jogar, o desejo de jogar bem, a diversão, fazer o melhor que se pode. Visando o bem-estar de todos, preocupando-se com os movimentos de uma educação de longo prazo e também com a saúde.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

A aprendizagem e o desenvolvimento estão inter-relacionados desde que a criança passa a ter contato com o mundo. Na interação com o meio social e físico a criança passa a se desenvolver de forma mais abrangente e eficiente. Isso significa que a partir do envolvimento com seu meio social são desencadeados diversos processos internos de desenvolvimento que permitirão um novo patamar de desenvolvimento.
A criança, por meio da observação, imitação e experimentação das instruções recebidas de pessoas mais experientes, vivencia diversas experiências físicas e culturais, construindo, dessa forma, um conhecimento a respeito do mundo que a cerca.
Luis Guilherme MartinsNúcleo de Fotografia UCB Captura
Para que esses conceitos sejam desenvolvidos e incutidos no aprendiz, o meio ambiente tem que ser desafiador, exigente, para poder sempre estimular o intelecto e a ação motora desta pessoa. No entanto, não basta apenas oferecer estímulos para que a criança se desenvolva normalmente, a eficácia da estimulação depende também do contexto afetivo em que esse estímulo se insere, essa ação está diretamente ligada ao relacionamento entre o estimulador e a criança. Portanto, o papel da escola no âmbito educacional deve ser o de sistematizar esses estímulos, envolvendo-os em um clima afetivo que serve para transmitir valores, atitudes e conhecimentos que visam o desenvolvimento integral do ser humano.
O profissional de educação física ao trabalhar na educação infantil deve conhecer os estágios do desenvolvimento dessa fase, para proporcionar os estímulos adequados a cada etapa. Agindo dessa forma, o desenvolvimento será mais harmônico no campo motor, cognitivo e afetivo-social, trabalhando assim, o ser na sua forma integral.
A evolução infantil obedece a uma seqüência motora, cognitiva, e afetiva-social que ocorrerá de forma mais lenta ou mais acelerada, de acordo com os estímulos recebidos. A criança entre de 1 ano e meio e os dois anos de idade age sem refletir. O ato precede o pensamento. A partir dessa fase, a criança já adquire duas funções importantíssimas: o andar e a linguagem. O pensamento passa a ser projetado no exterior pelos movimentos e pela linguagem. Isto permitirá uma maior participação na sua relação com o meio. A ação da criança sobre o meio estimulará sua atividade mental. A partir daí, a criança começa a ter maior consciência sobre sua própria pessoa, iniciando a formação da sua auto-imagem. Em seguida, a criança vai iniciando a sua vida social ao formar pequenos grupos, porém ocorre uma troca constante de amizades e de grupos (escola, clubes,etc.). Esse intercâmbio social é essencial, pois leva a criança a se adaptar a diferentes papéis, reconhecendo-se como pessoa.
Nesse sentido, cada fase de desenvolvimento infantil tem suas próprias características, portanto, exige estudos aprofundados sobre os métodos pedagógicos, as qualidades dos estímulos fornecidos e a atuação intencional do profissional na aula de educação física. O professor deve levar em conta a peculiaridade de cada fase pela qual o aluno passa, as particularidades de cada jogo, brincadeira ou esporte que possam auxiliar o educando no seu desenvolvimento integral.
Pela importância que a infância representa na formação da personalidade do indivíduo, esses estudos devem estar respaldados por uma “práxis” pedagógica que leve a uma organização didática, modificando a visão de aulas de educação física de embasamentos estritamente empíricos, para uma visão mais científica, evitando-se um choque entre teoria e prática o que poderá refletir negativamente na formação de nossos jovens.